Cervejas Extremas

Esse é o quinquagésimo artigo do blog, amigos! Para comemorar e descontrair um pouco as postagens sempre tão sérias do nosso site, responda às 14 perguntas abaixo, anote seus pontos e veja onde você se encontra no espectro de fanatismo cervejeiro! :-)  Em se tratando de cerveja artesanal, você é um novato, um geek ou um obcecado!? Antes de você descobrir a cerveja artesanal você não tinha nenhum pelo facial, agora você têm aos montes (ou namora algum barbudo) +1 Você tem uma ou mais tatuagens de lúpulos no seu corpo +3 (Adicione +3 se além do lúpulo você tiver trigo, cevada ou uma pá cervejeira) Você gastou tanto em seu equipamento cervejeiro que sua própria cerveja custa mais que cervejas belgas trapistas envelhecidas +3 Você coleciona tampinhas, rótulos, growlers, latas ou garrafas +2 (adicione +2 se você colecionar dois ou mais itens) Você colocou nome de uma cervejaria no seu gato ou cachorro +3 (adicione +3 se tiver inspirado o nome de uma cria

Ocorreu no dia 30 de janeiro com 55 cervejarias. Organizado de uma forma diferente dos eventos brasileiros. Neste festival você pagava U$40 e recebia uma pequena caneca - de algo em torno de uns 100ml. Apesar de uma entrada cara, dentro do festival a cerveja era liberada. Achei uma boa ideia a ser copiada pelos organizadores de eventos no mercado nacional. Quando eu vi o tamanho do estádio do Marlins, onde seria o festival eu pensei - Uau! Isso vai ser muito gigante! Na verdade, o evento se deu ao lado de fora do estádio, embaixo do vão da estrutura principal. O que, convenhamos, não deixa de ser um espaço respeitável, mas confesso que fiquei um pouco desapontado. :-/ Em termos de cervejas extremas, a variedade era grande e podia-se perceber que as cervejarias que apresentavam propostas interessantes angariavam as maiores filas, dentre estas as que mais me chamaram a atenção foram: El Jefe - Uma Hefeweizen com coco da  J. Wakefield Brewing Cerberus - Uma Mil

Fiz essa cerveja seguindo uma receita do Extreme Brewing do Sam Calagione da Dogfish.  Witbiers são cervejas tradicionais belgas feitas com trigo e uma variedade de temperos, geralmente coentro e cascas de laranja. São relativamente fracas em álcool e bastante refrescantes. Uma vez que o Kiwi é uma fruta bem refrescante ela combina bem com o estilo Wit e assim nessa receita ela substitui a casca de laranja, mas o coentro moído continua. Adicionei o Kiwi picado (como está nas fotos ao lado) ao final da fervura. E levei junto com a cerveja jovem para o fermentador. O resultado ficou interessante com aroma e sabores condimentados e com o frutado e ácido do kiwi aparecendo ao fundo. Ficou um fenólico um pouco adstringente proveniente provavelmente do fermento. Para uma próxima experiência eu pretendo adicionar um pouco mais de Kiwi, para que o efeito da fruta fique mais evidente. Acredito que 2,0kg para 16 litros seria o suficiente.  

Ácida, maltada, doce, amarga, alcoólica, tudo ao extremo nessa cerveja que celebra os vinte anos da Dogfish Head. Sam Calagione, o famoso fundador da cervejaria, disse - "Higher Math é como um grande bolo líquido de chocolate com cerejas para celebrar nosso vigésimo aniversário. Essa cerveja foi desenvolvida para compartilhar com alguém especial e se guardada envelhece muito bem." A cerveja base é uma golden ale, que fermentou com cerejas e nibs de cacau, finalizando com um conteúdo alcóolico de 17%, fazendo desta uma das cervejas mais alcóolicas da cervejaria Dogfish Head. Uma profunda cor âmbar com bolhas médias e espuma branca. Aroma lembrando a vinho e whisky. No paladar o álcool é evidente e percebe-se frutas vermelhas, uma pegada de vinho e chocolate escuro ao fundo. Uma cerveja complexa e absolutamente fantástica.